segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Notas acerca da solidão urbana (ao som de "Concret Jungle", by Elliot Smith)

Musíca acessível em:

http://www.youtube.com/watch?v=c32-laCZnhQ


Escuridão e luz fria, luz branca, luz nova do abajour.


O filme recém-assistido repousa na memória. O paladar sente fome de outras espécies de doces. Solitário, escreve alguns escritos esparsos no computador. A noite silencia sua solidão, do lado de fora. As férias estão acabando.

Qual é a saída do labirinto? Qual a saída do labirinto?

Como fazer para colocar cores mais verdadeiras nesse concreto?

Só quero uma vida comum, um bom agora, podendo sentir o sol batendo pela janela, sem sentir que está perdendo tempo. A vida é curta, pressiona. E, enquanto pressiona, passa...


Qual é saída do labirinto? Qual a saída do labirinto?

Como fazer uma fortaleza para se proteger da selva de pedra?


Está muito tarde, se fosse mais cedo, caminharia na rua.
Me resta a solidão e algumas músicas tristes. Medito se caminho ou não.

Tudo é triste, tudo é deserto... Anseio em encontrar com alguém nesse deserto de almas...

Selva de pedra.


Qual é saída do labirinto? Qual a saída do labirinto?

Como fazer para encontrar alguma paz?


A tristeza sobe como o movimento das traças em direção ao teto.

A angústia sobe, grito sufocado na exigência de silêncio da madrugada residencial.

Salvo.
Fecho.