segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Meia-noite. Finados. Pausa. (ao som de "Parchman blues", by Tangle Eye)

Música acessível em:


http://www.youtube.com/results?search_query=parchman+blues+eye&search_type=&aq=f

Bebo o último gole de cachaça barata que restava no fosco copo de requeijão. A umidade, fria e escura, do ar, penetra pela janela, de alguma forma. A luz, branca e fria, do abajour, ilumina, projetando-se sobre a parede, deixando a penumbra tomar conta do quarto.




Pausa.



Olho para os diversos tons de azul formados no encontro da parede com as diversas incidências de luz. O silêncio ao redor (re)conforta. Dialogando comigo, somente o ruído do ventilador de teto. Feriadão para repôr energias e criar uma nova postura.



É necessário haver pausa. Não há razões para pressa, pois, no final, resta a morte. Finalmentente aprendi. Sinto um vazio reconfortante por dentro. Penso sobre como é difícil, essa arte de viver.



Amanhã vou ficar um tempo deitado, dormindo à toa. Há anos que não faço isso.



Boa noite. Salvo e Publico.