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Bebo o último gole de cachaça barata que restava no fosco copo de requeijão. A umidade, fria e escura, do ar, penetra pela janela, de alguma forma. A luz, branca e fria, do abajour, ilumina, projetando-se sobre a parede, deixando a penumbra tomar conta do quarto.
Pausa.
Olho para os diversos tons de azul formados no encontro da parede com as diversas incidências de luz. O silêncio ao redor (re)conforta. Dialogando comigo, somente o ruído do ventilador de teto. Feriadão para repôr energias e criar uma nova postura.
É necessário haver pausa. Não há razões para pressa, pois, no final, resta a morte. Finalmentente aprendi. Sinto um vazio reconfortante por dentro. Penso sobre como é difícil, essa arte de viver.
Amanhã vou ficar um tempo deitado, dormindo à toa. Há anos que não faço isso.
Boa noite. Salvo e Publico.